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O Bairrista entrevista coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial de Pelotas

  • Foto do escritor: Rádio Tupanci
    Rádio Tupanci
  • 23 de set.
  • 3 min de leitura

Pelotas reforça atendimento em saúde mental diante de aumento de casos complexos


Por Enzzo Lopes

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O programa O Bairrista recebeu nesta terça-feira (23) Luciane Kantorski, professora e coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial de Pelotas, para tratar sobre a rede de suporte de tratamento mental no município, em decorrência do Setembro Amarelo.


Luciane é formada em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal de Santa Maria, possui mestrado em Educação, doutorado em Enfermagem e é especializada em Saúde Mental Coletiva. No início de 2025, assumiu a direção dessa rede.


Serviços oferecidos pela Prefeitura de Pelotas


Na estrutura da saúde mental oferecida pelo município, há a Rede de Atenção Psicossocial, da qual fazem parte seis Centros de Atenção Psicossocial (Caps), territorializados para atender pessoas a partir dos 18 anos. Esses serviços atendem transtornos graves, severos e persistentes, e funcionam das 8h às 18h, sem fechar ao meio-dia. Para receber atendimento, o internauta não necessita de encaminhamento.


Junto a isso, a rede também conta com um Caps Infantil, que funciona na R. Andrade Neves, 1229. Este atende crianças de 3 a 19 anos e 11 meses. Também há o Caps AD, que funciona no Largo da Catedral, atende dependências químicas e funciona 24h.


Na próxima semana será inaugurado o Ambulatório de Saúde Mental, que tem a proposta de atender casos de saúde mental moderados, como depressão e ansiedade. “Outras questões que não necessariamente vão para o Caps, mas que são tão importantes quanto [as outras]. Então o ambulatório tem uma equipe multidisciplinar, com a ideia de atender essas situações”, explica Kantorski.


Como proposta de auxílio na recuperação de pessoas que já receberam alta dos tratamentos, o programa Reabilitação Trabalho e Arte (Retrate) é voltado para pessoas que precisam de formação para encontrar uma atividade produtiva e aumentar sua renda. O programa oferece diversos cursos conveniados com associações locais.


“A rede é grande. Hoje a gente também têm nove oficinas terapêuticas de saúde mental na Colônia, pois lá é um lugar onde as pessoas têm mais difícil acesso. Por isso nós priorizamos agora no início do ano, em março, reativar as oficinas”, explica Luciane.


A coordenadora destacou que, apesar do sistema de apoio ser grande e complexo, ainda surge um cenário de problemas relacionados à saúde mental cada vez maior e com casos mais difíceis. Ela conta que há diversos casos relacionados a fenômenos de escala maior que aconteceram recentemente, como a pandemia de COVID-19 e as enchentes de maio de 2024 no Rio Grande do Sul.


Caps AD


O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas funciona em tempo integral e presta atendimento a pessoas com sofrimento psíquico relacionado ao uso de álcool e outras drogas, com o objetivo de reabilitação e reinserção social. Assim como outros Centros, não há necessidade de encaminhamento. Conforme o exemplo de Luciane, a pessoa pode chegar com um parente relatando o abuso e será prontamente atendida.


“Quanto a gente tem uma demanda de desintoxicação, em geral muitos casos ficam no AD, porque nós temos 8 leitos. Casos mais complexos vão para a internação”, explica Luciane. “Por que o caminho seria o Caps? Porque nós temos uma expectativa, embora a realidade nem sempre funcione assim, de que a gente consiga pedir ajuda cedo. Mas a gente sabe que em muitos casos, as pessoas só pedem ajudam quando elas tem mais prejuízos em relação ao consumo. Por exemplo, perda de emprego, relações familiares, quebra de vinculos.”


Confira a entrevista na íntegra


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