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Hora Marcada recebe tenente-coronel do 4° Batalhão de Polícia Militar de Pelotas

  • Foto do escritor: Rádio Tupanci
    Rádio Tupanci
  • 28 de out.
  • 3 min de leitura

Entrevista com o comandante Paulo Renato Scherdien abordou a atuação da Brigada Militar na segurança pública do município.

Por Maria Eduarda Lopes

Foto: Marina Zeni
Foto: Marina Zeni

O programa Hora Marcada recebeu, na quarta-feira (23), o tenente-coronel Paulo Renato Scherdien, comandante do 4° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Pelotas, para falar sobre a segurança pública do município e o trabalho da Brigada Militar para garantir a ordem.


O comandante Scherdien ingressou na Brigada Militar na década de 90 e já serviu em diversas unidades da corporação. Ao longo da carreira, recebeu medalhas como a de Serviços Relevantes à Ordem Pública e Serviço Policial Militar Categoria Ouro.


Atuação da Brigada Militar em Pelotas e Zona Sul


O Comando Regional de Polícia Ostensiva Sul (CRPO Sul), localizado em Pelotas, abrange 16 municípios divididos em três batalhões, sendo eles o 4º BPM, também sediado em Pelotas, o 6º BPM de Rio Grande e a 4ª Companhia Independente em Jaguarão.


O 4º Batalhão é responsável pelo policiamento em sete municípios, entre Pelotas, Arroio do Padre, Turuçu, Morro Redondo, Canguçu, Piratini e Capão do Leão, realizando o policiamento ostensivo e preventivo, atendendo ocorrências pelo 190 e cobrindo eventos públicos. Pelotas também conta com o apoio do 5° Batalhão de Polícia de Choque, ligado ao Comando de Choque da Brigada Militar de Porto Alegre, além de apoio da Polícia Ambiental (PATRAM).


Entrevista no programa Hora Marcada


Durante a entrevista, o tenente-coronel destacou que o objetivo de sua participação foi prestar contas à população sobre a atuação da corporação.  Entre as principais demandas que a Brigada enfrenta atualmente, segundo ele, os acidentes de trânsito necessitam de um grande número de efetivos durante o dia e o deslocamento de diversas viaturas. “Os acidentes com lesão, que possuem um número significativo, devem ser atendidos pela Brigada Militar porque os agentes de trânsito não realizam o termo circunstanciado, e já envolve, em tese, o crime de lesão corporal. Então a Brigada é a competente para esses atendimentos”, explica Scherdien. Já em ocorrências de acidentes com vítimas fatais, a Brigada atua isolando o local, colhendo depoimentos e registrando o boletim.


“Muitas vezes as pessoas criticam que ligam e não recebem retorno imediato, mas temos apenas 10 viaturas rodando a cidade diariamente e às vezes todas estão ocupadas”, justificou. O comandante comentou sobre essas críticas da população à falta de viaturas disponíveis, ressaltando que danificações causadas por criminosos e trâmites burocráticos de manutenção e licitação dificultam o trabalho.


“Cada ocorrência tem uma dinâmica e um tempo de atendimento. Um acidente de trânsito, por exemplo, leva 2 horas de atendimento”. O tenente-coronel exemplifica um caso de flagrante, em que todo o processo para registrar o delito e encaminhar o praticante a responder pela lei leva certo tempo, e enquanto ocorre, as viaturas não podem se afastar do local. Entre ocorrências, trocas de turnos e imprevistos, é possível que as viaturas estejam ocupadas.


“Sempre dizemos aos cidadãos que liguem para a Brigada para aquilo que realmente é ocorrência e para que a viatura seja empenhada para atender sua emergência. Temos uma infinidade de ligações que não são sobre questões criminais, são questões cíveis. Às vezes se convence de que há um delito criminal, e chegando no local não é. Isso tudo ocupa tempo de uma viatura que poderia estar atendendo outra ocorrência ou poderia estar fazendo prevenção, que é uma das coisas mais importantes para nós”.


O tenente-coronel destaca justamente a importância da presença de viaturas em espaços públicos para a prevenção. “Quando a viatura está ali, as pessoas enxergam ela, assim como os delinquentes, e o delito não ocorre no local”. O patrulhamento ostensivo preventivo é uma técnica policial, conforme Scherdien.


Em relação a estrutura do contingente, o comandante observa que infelizmente as viaturas se desgastam muito rápido por estarem em movimento 24 horas por dia, sendo necessária a reciclagem da frota. O processo de aquisição de novas frotas pode incluir auxílio financeiro externo através do Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública (PISEG) do Rio Grande do Sul.


“A gente sempre precisa de mais, mas precisamos entender o processo e a situação financeira em que o estado está, e saber empregar os recursos que possuímos da melhor maneira possível. A frota está sendo renovada e a defasagem de efetivos está sendo recuperada. Todo ano a Brigada Militar, através de autorização do governo, faz novas inclusões. Alguma coisa sempre recebemos. Não é o que gostaríamos, mas entendemos que temos 497 municípios e a Brigada está presente em todos eles”, concluiu.


📻 Confira a entrevista completa no canal do YouTube da Rádio Tupanci.


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