NDC recebe Secretária da Mulher para discutir o papel dos homens no enfrentamento à violência
- Rádio Tupanci
- 29 de ago.
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Atualizado: 2 de set.
Em alusão ao Agosto Lilás, Marielda Medeiros destacou a importância de movimentos como o “HeForShe”
Por Martha Cristina Melo

Na tarde da última quinta-feira (28), Marielda Medeiros, secretária de políticas para a mulher, compareceu ao Notícias da Cidade (NDC), da Rádio Tupanci, para um debate alusivo ao Agosto Lilás — campanha anual de conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil. Durante a entrevista, a secretária reforçou a importância da participação masculina no combate à violência e de movimentos como o HeForShe.
Promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres em escala global, a iniciativa, que pode ser traduzida como “ElesPorElas”, convida homens e meninos a atuarem como aliados das mulheres, estimulando mudanças sociais que contribuam para uma sociedade mais justa. “Assim como ninguém nasce racista, homens não nascem machistas. Essa estrutura de sociedade faz com que homens sejam educados dessa forma”, afirmou Medeiros, associando a transformação ao envolvimento coletivo.
Para além do feminicídio
Marielda ressaltou, ainda, que a violência contra mulher não se resume ao feminicídio. De acordo com dados do II Boletim Técnico desenvolvido pelo Observatório Nosotras, entre 2024 e o primeiro semestre de 2025, municípios da Metade Sul registraram mais de 2 mil casos de lesão corporal e 212 estupros, além de 12 feminicídios.
Informações do Observatório de Segurança Pública revelam que Pelotas, por sua vez, ocupa a 6ª posição no número de registros de crimes de ameaça. Quanto à lesão corporal, o município aparece em 3º lugar no Rio Grande do Sul.
CRAM
Além da punição do agressor, a secretária da mulher destacou a necessidade de criar alternativas que fortaleçam a autonomia feminina. Nesse sentido, a Secretaria de Políticas para Mulher (SPM), juntamente ao Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), têm promovido iniciativas profissionalizantes que viabilizem oportunidades de renda às vítimas — além do acolhimento e cuidado prestados.
“É necessário pensar como ela sai desse núcleo [de agressão] se ela, patrimonialmente, não tem condições de prover para os filhos. (...) Precisamos pensar na autonomia dessas mulheres — e essa autonomia passa por uma questão financeira. Percebemos que é muito necessária para que a vítima possa superar esse tipo de condição”, afirmou a secretária.
Ao fim da entrevista, Marielda reforçou o chamado para que homens assumam corresponsabilidade no enfrentamento à violência em suas diversas formas. “Cada homem é fruto de uma mulher. É fundamental que homens nos apoiem nessa ação”.





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