Hora Marcada recebe grupo de estudos em gênero e sexualidade da UFPel para conversa acerca do papel da comunicação
- Rádio Tupanci
- 2 de out.
- 2 min de leitura
Marcaram presença no programa a coordenadora do curso de Jornalismo, Marislei Ribeiro, e as estudantes e integrantes do grupo de estudos, Maria Eduarda Lopes e Milena Cordeiro.
Por Martha Cristina Melo

O programa Hora Marcada, apresentado pelo comunicador Sérgio Corrêa, recebeu, na última quarta-feira (01), o Núcleo de Estudos em Gênero, Sexualidade e Comunicação (EGSC) para uma conversa sobre o papel da mídia na disseminação de informações sobre violência contra mulher e comunidade LGBTQIAPN+.
Marcaram presença no momento a professora, coordenadora do curso de jornalismo da UFPel e responsável pelo Núcleo, Marislei Ribeiro, e as estudantes de jornalismo, Maria Eduarda Lopes e Milena Cordeiro. A equipe, que conta com mais estudantes além das entrevistadas, foi responsável pela pesquisa destaque do XIX Seminário Internacional de Mídia, Cultura, Cidadania e Informação (Semic).
Para Maria Eduarda Lopes, as pesquisas conduzidas pelo grupo de estudos não são críticas a veículos e comunicadores específicos. “Nossa pesquisas são análises críticas sobre como podemos melhorar nosso trabalho [enquanto jornalistas] em relação aos casos de feminicídio e violência de gênero”, afirmou.
A pesquisa conduzida pelo núcleo e destaque do XIX Semic foi, segundo o grupo de estudos, interdisciplinar. Fomentado pela FAPERGS, o trabalho “Jornalismo e Feminicídio: uma Análise de Conteúdo do portal GZH Acerca de Casos Ocorridos no Rio Grande do Sul em Abril de 2025”, foi desenvolvido a fim de identificar o jornalismo como ferramenta de denúncia. “Entendemos que, na rotina jornalística, pode ser complicado parar e se dedicar à construção de um texto crítico…”.
Durante a entrevista, Marislei Ribeiro chamou atenção às pautas de interesse do jornalismo e questionou se informações relacionadas às questões de gênero têm relevância na mídia. “[No núcleo] pensamos no poder da mídia. Já que temos que pensar em políticas públicas para esses grupos marginalizados, como será que acontece o poder do Estado?”, questionou.
“Historicamente, o ser humano é muito fissurado na violência. É ruim quando o jornalismo traz uma notícia que se utiliza desse ‘apreço’ para trazer um conteúdo que não deveria ter esse enfoque. [A notícia] deveria trazer o porquê desse feminicídio ter acontecido em primeiro lugar, e não a natureza dele”, destacou Milena Cordeiro, atual bolsista do EGSC, enquanto um dos resultados observados pela pesquisa.
Hoje, o Núcleo de Estudos em Gênero, Sexualidade e Comunicação dá continuidade à pesquisa voltada à violência de gênero, especialmente no que diz respeito à objetificação de mulheres. Segundo o grupo, as próximas pesquisas devem tornar a atenção aos discursos midiáticos e ao papel das redes sociais nesse contexto.
Confira a entrevista completa no canal da Rádio Tupanci no YouTube.





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