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Hora Marcada recebe Diretora de Vigilância em Saúde de Pelotas para falar sobre aumento de epidemias no estado

  • Foto do escritor: Rádio Tupanci
    Rádio Tupanci
  • 19 de set.
  • 3 min de leitura

Pelotas registrou casos de covid-19 que causaram o cancelamento de aulas em uma escola infantil, mas conforme a diretora de Vigilância em Saúde, a situação se mantém controlada. Novas doses para grupos prioritários chegam à Casa da Vacina e às UBS.

Por Maria Eduarda Lopes

Foto: reprodução
Foto: reprodução

O programa Hora Marcada recebeu, na manhã de quinta-feira (18), a Diretora de Atenção em Vigilância em Saúde, Vera Neto, para uma entrevista acerca da situação de Pelotas diante da epidemia de casos de covid-19 no estado, além da atuação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em ações como vacinação, campanhas e cuidados ao bem-estar da população. A Vigilância em Saúde atua dentro da SMS em quatro âmbitos, sendo eles a vigilância ambiental, epidemiológica, sanitária e saúde do trabalhador.


Pelotas no cenário de epidemias no estado


“Isso já era esperado, pois setembro é um mês que começa a ter alguns surtos de doenças oportunistas. Em Pelotas, tivemos um problema em uma escola infantil, mas já está sob controle”, informa a diretora Vera Neto.


Quanto à atuação da Prefeitura diante o registro de casos, Vera destaca a chegada de vacinas no município, através do Ministério da Saúde. Aproximadamente duas mil doses chegaram recentemente à Casa da Vacina, que serão ofertadas para os grupos prioritários. Mais quantitativos serão distribuídos nas Unidades de Saúde Básica (UBS), conforme a diretora.


O grupo prioritário contempla idosos acima de 60 anos, gestantes, crianças menores de 5 anos e pessoas  com comorbidades. Estabelecidas pelo Ministério da Saúde, as comorbidades incluem uma série de doenças crônicas e outras condições clínicas especiais. Entre elas estão as doenças respiratórias crônicas, cardíacas, renais, neurológicas, hepáticas, diabetes, imunossupressão e entre outras.


A diretora explica que a cepa do covid-19 que se apresenta no momento não é tão agressiva quanto a dos anos anteriores. Em caso de sintomas, a orientação é utilizar máscara, além de usar álcool em gel ou lavar as mãos constantemente com água e sabão. O essencial é permanecer em isolamento social, de 5 a 7 dias, para evitar a transmissão do vírus.


Vacinas tiveram aumento significativo, mas não atingiram as metas


“Infelizmente ainda carregamos uma herança maldita do governo anterior de negação à vacina e à ciência. As pessoas não procuram pelas vacinas, e quem mais procura são aquelas que não pertencem ao grupo prioritário. Acabamos não podendo disponibilizar para eles, por orientação do Ministério da Saúde”.


Durante a entrevista, a diretora apresentou dados acerca da vacinação em Pelotas, destacando que, apesar do aumento de números, as metas ainda não foram alcançadas. Na vacinação contra a Influenza, apenas 51% dos idosos do município foram imunizados. De 2.517 gestantes, apenas 497 receberam a vacina. Já a vacinação da população infantil atingiu o percentual de 38%.


Em 2024, os números de vacinados chegaram a mais de 70 mil. Este ano, o município alcançou 105.812. “A Prefeitura realizou diversas campanhas para a vacinação fora das Unidades de Saúde, buscando atingir os grupos prioritários e conscientizar a população. Mas a procura continua baixa”, diz Vera. “Comparado ao resto do estado, estamos com bons índices, conseguimos abranger um número expressivo de pessoas, mas estamos em busca de mais”.


Além de campanhas para Influenza, a Secretaria realizou ações em quase todas as escolas da cidade para a vacinação de prevenção ao HPV e ao câncer de colo de útero. Entretanto, o número de pais e responsáveis que não autorizaram a vacinação foi maior do que esperado. “Apesar de ser frustrante, estamos na luta em busca da prevenção, pois é nossa função e obrigação oferecer o máximo de saúde e qualidade de vida para a comunidade”.


Baixa procura pela população


Nos últimos anos, a eficiência das vacinas vêm sendo questionada até mesmo por autoridades federais e representantes do governo. O cenário de pandemia de covid-19 abriu espaço para a disseminação de desinformação. Apesar desta época ter sido superada, as fake news se perpetuam até hoje. “A vacina é vida, tu podes até adquirir os sintomas, mas tu não terás as mesmas sequelas e consequências daqueles que não estão protegidos”, ressalta a diretora.


“Nós enquanto vigilância trabalhamos para proteger a comunidade, mas não adianta apenas a Prefeitura e a Secretaria. A comunidade tem que nos dar retorno e ser nossos parceiros, estamos aqui trabalhando para a saúde e bem-estar de todos”, completa Vera Neto.


Confira a entrevista completa no canal da Rádio Tupanci no YouTube.


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