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Hora Marcada entrevista Tatiana Giorgi sobre terapias em crianças e jovens diagnosticados com TEA

  • Foto do escritor: Rádio Tupanci
    Rádio Tupanci
  • 3 de set.
  • 3 min de leitura

Terapia da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma das abordagens terapêuticas aplicadas em casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA)


Foto: Rádio Tupanci
Foto: Rádio Tupanci

Na manhã desta quarta-feira (03), o programa Hora Marcada, apresentado pelo jornalista Sérgio Corrêa, entrevistou a terapeuta Tatiana Giorgi, do Instituto MultiTEA. O assunto abordado foi o método terapêutico da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), uma das abordagens empregadas em casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças e adolescentes.


Tatiana Giorgi é formada em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e atualmente é supervisora e analista de suporte em ABA no Instituto MultiTEA, um centro de terapias integradas e estimulação integrada para crianças e adolescentes dentro do espectro autista, localizado em Rio Grande. Tatiana também é mentora educacional e faz o acompanhamento e manejo do desenvolvimento de habilidades infantis no ambiente escolar.



Terapia da Análise do Comportamento Aplicada (ABA)


O método permite a individualização no acompanhamento da aprendizagem e estímulo à autonomia, se mostrando na maioria das vezes uma abordagem efetiva para casos de TEA. A terapia é baseada em princípios científicos do comportamento e se concentra em analisá-los e modificá-los para promover a independência do paciente. Cada sessão deve ser adaptada para o desenvolvimento de cada caso, variando conforme as características do indivíduo.


Uma avaliação inicial abrangente é realizada para identificar os objetivos de intervenção, usada para desenvolver o plano terapêutico individualizado. Essa abordagem permite que a terapia se adapte às habilidades, interesses e desafios específicos de cada paciente.


A ABA pode ser aplicada em casa, na escola ou em clínicas especializadas, conduzidas por um terapeuta certificado. A família desempenha um papel fundamental no andamento e eficácia do tratamento, colaborando com os profissionais para implementar as estratégias em atividades diárias.



Entrevista no Hora Marcada


A terapeuta Tatiana Giorgi relata que, em seus anos de atuação, presenciou uma boa evolução nos casos de TEA com a aplicação da terapia ABA. “Nós mensuramos com gráficos e coletas de dados. Essa é a principal estratégia. Procuramos entender por que a criança faz isso? Em que momento? Onde? Na presença de quem? Chamamos isso de avaliação funcional, quando compreendemos a função desses comportamentos e como podemos modelá-los, como podemos ensinar a ter comportamentos que não tenham tanto impacto no dia-a-dia”, explica.


“As crianças apresentam, dependendo do estímulo do ambiente, um determinado tipo de comportamento. Isso geralmente acontece porque a criança tem uma dificuldade de comunicação, na fala, nos gestos, em tudo que pode intencionar a comunicação. Elas não têm repertório para isso, e acabam se comportando de uma maneira que chamamos de interferente”, comenta a terapeuta.


Tatiana elucida que existem diferentes tipos de fluências verbais em casos de TEA. “A criança não fluente verbal, pouco fluente ou fluente, que não consegue, em algum momento muito estressante, fazer o processamento e dar a informação”. Para tratar isso, são utilizadas abordagens como a comunicação alternativa e aumentativa, que dependem de baixa ou alta tecnologia, para que as crianças aprendam a ter a intenção comunicativa e a comunicação intencional.


A terapeuta destaca a participação da família na eficiência do tratamento. “Recebemos a família, fazemos a entrevista e temos os relatos do dia-a-dia, nos alimentando de informações. O contexto tem que ser levado muito a sério. A terapia só tem funcionalidade quando integramos os pais. Existe um plano terapêutico, existe uma avaliação e uma devolutiva mensal para os responsáveis, para entender o andamento deste tratamento”, esclarece Tatiana.


Tatiana comenta que existem três pilares para o TEA, a terapia, a família e a escola. O ambiente escolar também é destacado como importante para o desenvolvimento infantil neurodivergente. “Muitas das crianças chegam até a escola sem o diagnóstico e a avaliação da terapia. Seria ideal a escola traçar um perfil dessas crianças, tendo um diagnóstico ou um possível diagnóstico, que já consegue dar um direcionamento para as habilidades que a criança precisa desenvolver e aprender além da interação social. Precisamos ter crianças nas escolas que usem os ambientes com qualidade”, completa.


Confira a entrevista na íntegra


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