Hora Marcada entrevista assessora técnica da Secretaria Municipal de Educação para esclarecer afastamentos da direção da Escola Luiz Augusto Assumpção
- Rádio Tupanci
- 29 de ago.
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Afastamento da equipe diretiva da Emef Luiz Augusto Assumpção tem caráter provisório para assegurar a apuração adequada diante das denúncias apresentadas pelos membros do Conselho Escolar e da comunidade escolar
Por Maria Eduarda Lopes

Na manhã desta sexta-feira (29), o programa Hora Marcada, apresentado pelo jornalista Sérgio Corrêa, entrevistou a assessora técnica Raquel Moreira, da Secretaria Municipal de Educação (SME), para conversar sobre o recente afastamento da equipe diretiva da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Luiz Augusto Assumpção.
Afastamento da direção
Na última quarta-feira (27), a SME afastou de forma preventiva a direção da escola, diante de denúncias apresentadas pelo Conselho Escolar e pela comunidade local. A medida provisória busca assegurar a apuração e preservar os direitos dos estudantes e servidores. Enquanto o processo de investigação ocorre, a escola terá uma direção provisória, que será responsável por manter a organização da rotina pedagógica e administrativa.
As manifestações e denúncias da comunidade foram formalizadas através de documentos e registros de reuniões, acompanhadas por representantes do Centro de Intervenção e Mediação Escolar (Cime), da Coordenadoria de Gestão Pedagógica (CGP) e da Coordenadoria de Gestão Escolar (CGE). Com base nisso, a SME abriu uma sindicância administrativa para apurar os fatos e garantir o direito de defesa de todos os envolvidos no caso.
Secretaria esclarece situação
O afastamento da direção de uma escola é um ato administrativo necessário quando informações e denúncias chegam até a Secretaria. O procedimento comum é licenciar e afastar o corpo diretivo da escola para a investigação.
A assessora técnica da SME, Raquel Moreira, esclarece a situação: “Considerando muitos relatos e denúncias do Conselho Tutelar, do Ministério Público e de representantes da comunidade escolar, ficou claro para nós que precisávamos estar juntos da escola para entender o que realmente estava acontecendo”.
Para isso, a secretaria montou uma equipe, junto ao Cime e das gestões pedagógicas e escolares, para a produção de um relatório, encaminhado ao gabinete com as percepções e apontamentos dos representantes. Conforme a assessora, o processo não está mais na alçada da Secretaria, passando o caso para uma esfera mais ampla, que faça a análise sob a ótica da gestão da educação e do cumprimento da legislação. Não existe previsão de prazo para a conclusão do processo.
“Fizemos uma ata administrativa acerca das irregularidades apresentadas e indicadas por todas essas coordenadorias. Diante da omissão administrativa, da desorganização pedagógica e até mesmo de irregularidades fiscais, encaminhamos o caso à Procuradoria Geral do Município para que o processo seja montado e que todos os lados sejam ouvidos”, explica Raquel.
Denúncias mais evidentes
A assessora comenta sobre os principais apontamentos apresentados pela comunidade, assim como as medidas provisórias tomadas pela Secretaria. “Foi apontado o prejuízo de direitos ao processo de ensino e aprendizagem. A sindicância foi montada no sentido de garantir o direito dos alunos, para que o coletivo desse educandário realmente consiga fazer um bom trabalho pedagógico”.
A atuação da Secretaria diante do prejuízo da educação é destacada por Raquel. “Essa abertura de sindicância imediata visa garantir o direito pedagógico à educação. Temos que visar o funcionamento escolar, resguardar o interesse público e a integridade da comunidade escolar. Quando aparecem situações que colocam esses interesses em risco, precisamos intervir”, completa ela.
Equipe provisória foi nomeada
A assessora comenta sobre a nomeação da equipe provisória da escola, que teve demandas da comunidade escolar para que fosse uma equipe externa. Segundo ela, a decisão foi bem recebida por todos.
“Para garantir que a educação seja mantida, o que é um direito garantido, e diante da aclamação da comunidade escolar para a intervenção, tomamos essa medida. Não que a intervenção seja uma coisa fácil e prazerosa para nós, pois prezamos pela democracia e pela participação popular. E a direção que estava foi uma direção eleita”, salienta. Assista a entrevista na íntegra





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