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Em alusão ao Setembro Verde, programa oBairrista recebe integrantes da Liga Pelotense Doe Órgãos

  • Foto do escritor: Rádio Tupanci
    Rádio Tupanci
  • 10 de set.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de out.

Programação recebeu o idealizador Phillyp de Almeida, e Luana Britto, apoiadora da Liga e paciente à espera de um rim

Por Martha Cristina Melo

Imagem: Rádio Tupanci
Imagem: Rádio Tupanci

Na manhã da última terça-feira (9), oBairrista, apresentado pela jornalista Aline Klug, recebeu dois integrantes da Liga Pelotense Doe Órgãos (LPDO) para uma conversa em alusão ao Setembro Verde – campanha dedicada à conscientização sobre a importância de ser um doador. 


Phillyp de Almeida, idealizador da LPDO, e Luana Britto, integrante da Liga e paciente na lista de urgência à espera de um rim, compareceram ao programa e compartilharam suas experiências enquanto transplantados. Ambos deram destaque à importância da comunicação entre doador e família que, por sua vez, é a principal responsável por autorizar a doação de órgãos de um parente. 


Diagnosticado com atresia de vias biliares, desde bebê, Phillyp convive com a realidade hospitalar. Depois de uma série de sintomas, tratamentos e cirurgias, em 2022, o coordenador da LPDO recebeu a notícia de que um órgão compatível estava disponível. Segundo Phillyp, a Liga Pelotense Doe Órgãos nasceu de um sentimento de retribuição ao “presente”. “Eu estava na minha recuperação, no hospital, e comecei a pensar que precisava retribuir, precisava devolver de uma forma ou de outra”, explicou.


Luana Britto, por outro lado, lidou com refluxos urinários desde muito pequena. Ainda assim, segundo ela, o problema nunca tinha sido tratado de forma correta. Aos 17 anos, durante sua primeira gravidez, descobriu uma insuficiência renal já estabelecida. Dois anos após sua segunda gravidez, seus rins já não funcionavam mais.


Durante a entrevista, Luana explicou que chegou a passar por um transplante de sucesso mas, após 3 anos desde sua cirurgia, começou a ter complicações em função de uma condição em sua bexiga não diagnosticada até então e, infelizmente, perdeu os novos rins. “A perda do enxerto foi mais difícil do que a perda do rim, por precisar voltar depois de sentir a vida de novo”, afirmou. 


Papel e responsabilidade da família


No Brasil, a legislação regulamentada pelo decreto nº 9.175/2017 define que a família possui decisão final na doação de órgãos. Informações registradas em documentos de identidade, por exemplo, não possuem mais valor. Apesar do apelo de campanhas como o Setembro Verde, segundo o Governo Federal, a cada 14 pessoas que podem doar, apenas 4 se tornam doadoras efetivas.


Para Luana e Phillyp, a desinformação é um dos principais obstáculos no processo de doação. “Na hora [de autorizar a doação] é muito mais difícil. Você está com uma dor insuportável da perda de alguém que você ama. Você não quer tirar tudo o que ela tem”, explicou Luana, que também chamou atenção ao fato de que um doador pode salvar até 8 vidas. “Uma morte pode ser só uma morte, mas também pode ser a vida de mais 8 pessoas”. 


Ao final da entrevista, Phillyp fez um apelo à comunicação com a família. “Conversem sobre a doação de órgãos. Não deixem de explanar esse assunto entre amigos e família, principalmente. (...) A doação de órgãos é solidariedade, amor e pensar no próximo”, afirmou. 


Confira a entrevista na íntegra aqui







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