Atos contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia são realizados em todas as capitais brasileiras, inclusive em Porto Alegre

Neste domingo (21) manifestantes se concentraram para protestar contra as duas propostas em tramitação no Congresso Nacional.

Por Marina Zeni

Imagem: Mateus Bruxel / Agencia RBS

Durante a tarde do último domingo (21) manifestantes se reuniram no Monumento ao Expedicionário, no Parque Farroupilha, em Porto Alegre, assim como nas demais capitais do país, para protestar contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia. 

Com faixas que diziam “Sem Anistia” e “Blindagem é impunidade” os manifestantes mostraram tom de indignação com a atuação do Legislativo brasileiro. A PEC da Blindagem, que estabelece que investigações contra deputados e senadores só possam avançar com autorização prévia do próprio Congresso, já foi aprovada pela Câmara. Já o PL da Anistia visa conceder perdão amplo a condenados e investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, inclusive ao ex-presidente Jair Bolsonaro. 

A GZH ouviu o deputado estadual Miguel Rossetto (PT-RS) que declarou – A chuva parou para deixar a democracia passar. Ele ainda afirmou que essa mobilização faz parte de um movimento nacional que deve se intensificar até que as propostas sejam derrotadas no Senado. 

Ainda neste domingo, todas as outras 26 capitais brasileiras tiveram os mesmos protestos, além das cidades do Triângulo Mineiro e Juiz de Fora. Os manifestantes foram convocados pelas redes sociais por movimentos de esquerda.

A PEC em discussão, passa para análise no Senado, onde sofre resistência. Para a GloboNews neste domingo, o presidente da CCJ, Otto Alencar (PSD-BA) disse que vai pautar o texto na próxima reunião do colegiado para “sepultar de vez o assunto”. Ele ainda chama a proposta de “murro na barriga e tapa na cara do eleitor”. 

Já o PL da Anistia teve pedido de urgência para a proposta para acelerar a análise do texto na última quarta-feira (17) pelos parlamentares. 

Além de Porto Alegre, onde o ato ocorreu no Parque Farroupilha, as manifestações se concentraram na Avenida Paulista (São Paulo), na orla da Praia de Copacabana (Rio de Janeiro) e em frente ao Museu Nacional da República (Brasília), além de todas as demais capitais do Brasil.