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Projeto de arte e robótica oferece curso gratuito em escola pública de Rio Grande

  • Foto do escritor: Rádio Tupanci
    Rádio Tupanci
  • 28 de out.
  • 3 min de leitura

Engenhoka conta com unidades no Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro

Foto: divulgação
Foto: divulgação

Buscando introduzir conhecimentos de robótica e arte no dia a dia de alunos da rede pública do Rio Grande do Sul, o Projeto Engenhoka leva curso e estúdio maker completo para a Escola Estadual de Ensino F.undamental Saldanha da Gama, em Rio Grande. A iniciativa, realizada pelo Instituto Burburinho Cultural, já conta também, neste semestre, com unidade em Curitiba e outras cinco em municípios do Rio de Janeiro.


Até dezembro, o projeto deve mobilizar aproximadamente 420 alunos da rede pública de ensino brasileira, oferecendo o curso exclusivo de 40 horas, com imersão em robótica educacional e arte em um estúdio maker. O Instituto Burburinho Cultural planeja multiplicar o Engenhoka em instituições da rede pública de ensino pelo Brasil.

“O Engenhoka nasce da urgência de reconectar escola e juventude. Em um mundo de telas, solidão e desinteresse, propomos arte e tecnologia como caminhos criativos para reacender o desejo de aprender e expressar”, pontuou Priscila Seixas, presidente do Instituto Burburinho Cultural.


A diretora da E.E.E.F. Saldanha da Gama, Roberta Ulguim, relata que o projeto na escola conta com 60 alunos e fala também da relevância do tema. “A introdução do conhecimento de robótica vai com certeza engrandecê-los no currículo de uma maneira geral, mas principalmente no conhecimento de mundo, nas vivências, nas experiências que abrem os olhares, possibilitam que se busque cada vez mais conhecimento, informação e possibilidades de futuro”.


Com relação às produções deles, ela afirma que a escola deve expor para que a comunidade tenha conhecimento sobre o que eles estão vivenciando. ” vai ser interessante para que outros alunos também percebam a importância do projeto e daquilo que eles também podem vir a desenvolver em possibilidades futuras, já que a escola vai ganhar toda a parte de mobiliário, equipamento, a gente fica com o estúdio disponível para trabalhar futuramente, então acho que vai ser importante”, completou.


O Engenhoka é um projeto multidisciplinar no qual os alunos aprendem por meio de oficinas regulares, explorando técnicas de artes visuais em conexão com robótica educacional em um estúdio maker que conta com impressoras 3D, tablets, mobiliário, boxes de livros e material pedagógico. Toda estrutura será doada à instituição ao fim do projeto, 4 mil livros distribuídos como continuação do Engenhoka e mais de 8 mil alunos que recebem o legado dos estúdios nas escolas. Criatividade, capacidade de raciocínio lógico e concentração são temas difundidos nas oficinas.


Além de retomar o ensino de artes nas escolas da rede pública, o mote do Engenhoka é diluir as fronteiras entre artes e ciências, demonstrando que é possível desenvolver robôs com componentes artísticos, como no universo da escultura, e que também é possível enxergar arte nos robôs. “Afinal, eles também são esculturas recheadas de design, que também é uma linguagem cultural. O projeto é revolucionário justamente por conta disso: desconstrói lugares comuns que colocaram em nossas cabeças, como a ideia de que se você é bom em matemática e ciências, não leva jeito para as artes… isso é uma falácia”, afirmou Thiago Ramires, idealizador do projeto e cofundador do Instituto Burburinho Cultural.


Método do Engenhoka


Raciocínio lógico, imersão em momentos da História da Arte dentro de um estúdio maker, muito conhecimento e prática. Em cada instituição, um professor e monitores desenvolvem com os estudantes o ciclo. Cinco módulos compõem o método, que é apresentado num box maker para cada aluno. A pedagogia em robótica educacional foi desenvolvida pela Picodec Edtechc (https://picode.com.br), especializada em cultura maker para utilização pedagógica. Ela realizou a linha do tempo e a base pedagógica que conduzem as aulas, que interliga aspectos da robótica a trabalhos de artistas visuais que mudaram paradigmas entre o século XIX e o século XX.


Sediado no Rio de Janeiro, o Instituto conta com colaboradores por todo o país e fora do Brasil. Além do Engenhoka, realiza projetos como o Criar Jogos, Proje7o Arco-Íris, Arena Viva, Futuro Queer e Pescando Tradições. O Engenhoka é viabilizado através da Lei Rouanet e aprovado na Lei de Incentivo à Cultura, a iniciativa conta com patrocínio do Grupo Boticário, Trident Energy, ExxonMobil Brasil, Google, Wilson Sons, NTS (Nova Transportadora do Sudeste S/A), ONS e SQ Química, e é realizado pela Burburinho Cultural e Ministério da Cultura, Governo Federal – União e Reconstrução.

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