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Governo vai autorizar prorrogação de dívidas de produtor do RS

  • luizfernandokopper
  • 21 de mai.
  • 2 min de leitura

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou na noite desta terça-feira (20) que o Conselho Monetário Nacional (CMN) vai votar na próxima quinta-feira (22) a resolução que autoriza a prorrogação das parcelas de crédito rural de produtores do Rio Grande do Sul com vencimento em 2025. Segundo ele, o tema está “pactuado” e “pacificado” no governo federal.


A medida, que busca dar fôlego financeiro aos produtores afetados por adversidades climáticas, terá custo estimado de R$ 116 milhões em 2025 e, ao longo de vários anos, totalizará R$ 358 milhões. Para isso, o governo federal abrirá um novo crédito extraordinário, já que os recursos disponíveis do Plano Safra e do crédito extraordinário aberto em fevereiro, de R$ 4,1 bilhões, não podem ser usados para essa finalidade.


“Depois de muito diálogo e convencimento dos membros do CMN, o texto proposto já está constituído”, afirmou Fávaro, após reunião com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. “O ministro Fernando Haddad vai propor que a votação entre como pauta extra da reunião de quinta-feira, e a ministra Simone Tebet está finalizando a parte do planejamento”, acrescentou.


Para o governador Eduardo Leite, o alongamento das parcelas permitirá mais tempo para encontrar uma solução definitiva e estrutural para a retomada da capacidade produtiva dos produtores gaúchos. “Confiamos que em breve teremos a efetivação da prorrogação para os produtores e poderemos utilizar esse tempo para fechar a melhor proposta técnica”, declarou.


Leite também destacou a necessidade de medidas permanentes, como a securitização das dívidas em análise no Congresso, além do uso do Fundo Social e de fundos privados. “Tem solução. É hora de, tecnicamente, colocar as equipes para aperfeiçoar e encaminhar essa solução aos produtores que foram afetados por diversas estiagens”, completou.


Segundo Fávaro, o governo federal já discute medidas estruturantes com foco em irrigação, recuperação do solo e adoção de boas práticas agrícolas. “Vamos trabalhar a proposta internamente, validando as sugestões do Estado, da Farsul e das equipes técnicas, para construir algo efetivo e duradouro”, concluiu.


Leite reforçou que os produtores do Estado “querem trabalhar, empreender e fazer a parte deles”, mas que as perdas sucessivas por eventos climáticos exigem uma resposta do poder público. “Tem que ter essa assistência”, afirmou.


Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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