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BC eleva Selic em 1 ponto a 13,25% e indica mais uma alta equivalente

Em meio a um cenário de crescente preocupação com a economia brasileira, o Banco Central, em uma decisão unânime de sua diretoria, elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual nesta quarta-feira (29), chegando a 13,25% ao ano. A medida, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), já era amplamente esperada por especialistas e reforça a trajetória de aperto monetário que tem sido adotada nos últimos meses. No entanto, a nova alta de juros não faz mais do que refletir os problemas econômicos do Brasil, uma economia fragilizada por anos de instabilidade e um governo federal que ainda não conseguiu apresentar soluções consistentes.


Embora o Copom tenha indicado que a Selic deve continuar em alta nos próximos meses, a decisão revela o descompasso entre o governo e as expectativas do mercado. Se a inflação permanece elevada, o impacto das altas nas taxas de juros se reflete diretamente nos consumidores e na atividade econômica, prejudicando especialmente os mais pobres e os pequenos empresários, que já enfrentam um cenário de recessão.


Mas as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30), não aliviaram as tensões. O chefe do Executivo fez uma série de afirmações que, em vez de trazerem clareza, soaram como tentativas de minimizar os impactos da situação fiscal desastrosa do país. Lula afirmou que "não houve rombo fiscal" durante seu governo, atribuindo o problema à gestão anterior. No entanto, sua insistência em não reconhecer as falhas do governo atual soa como uma tentativa de desviar o foco de uma realidade desconfortável: a economia do Brasil segue patinando sem medidas eficazes para combater a inflação e garantir a recuperação.


Em seu discurso, o presidente também defendeu o aumento da Selic, garantindo que o Banco Central agiu de acordo com o que ele considera ser a melhor decisão. Porém, as críticas ao governo de Bolsonaro não justificam os erros cometidos pela atual gestão. O Brasil segue com um cenário econômico sombrio e, em vez de enfrentar de frente os problemas estruturais, o governo parece apostar em desculpas para justificar a falta de resultados concretos.


Outro ponto criticado por Lula foi a questão dos combustíveis. Embora tenha afirmado que não autorizou aumento no diesel, ele parece querer se distanciar da responsabilidade por uma questão que afeta diretamente a vida dos brasileiros. A Petrobras, sob sua gestão, continua com a autonomia de reajustar preços, mas o presidente parece ignorar o impacto desses aumentos no bolso da população, especialmente considerando a crise no setor energético e os reflexos sobre os preços gerais da economia.


Além disso, Lula usou a coletiva para criticar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à saída do país do Acordo de Paris, mas a retórica internacional não parece ser suficiente para justificar o que está acontecendo internamente. O Brasil continua sem um rumo claro e sem uma agenda econômica sólida que ofereça perspectivas reais de recuperação.


A mensagem que fica é clara: o governo federal segue sem apresentar respostas adequadas para os problemas econômicos que afetam a população. A alta da Selic é apenas mais um reflexo de um governo que, até agora, tem falhado em enfrentar de forma eficaz os desafios fiscais, o controle da inflação e a recuperação da economia.


Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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