
A pressão da esquerda para a extinção das Forças Especiais do Exército se intensificou após a Polícia Federal acusar ao menos quatro militares de utilizar seu treinamento especializado para planejar o assassinato de autoridades. Em resposta, o Exército anunciou na semana passada que reformulará sua área de Operações Especiais em 2025, embora a cúpula militar tenha esclarecido que não há intenção de acabar com os conhecidos "kids pretos" nem de descaracterizar a unidade.
Na última semana, o PSOL formalizou um pedido ao Ministério da Defesa para a extinção dos batalhões das Forças Especiais, além de requerer informações detalhadas sobre as atividades dessas unidades. O Exército, por sua vez, afirmou que a criação de um grupo de trabalho para revisar as atividades da divisão já estava programada para o ano seguinte e que essa decisão não está diretamente relacionada à investigação conduzida pela Polícia Federal.
De acordo com o Exército, o objetivo da reformulação, que não possui "motivação específica", é aumentar a capacidade das Forças Especiais e está alinhado com o Planejamento Estratégico do Exército 2024-2027.
O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) defendeu a manutenção e fortalecimento das Forças Especiais, destacando que "um país que não tem capacidade de Forças Especiais está abrindo mão da soberania", citando o papel crucial dessas unidades em missões de combate e operações militares de alta complexidade, como exemplificado pelos conflitos dos últimos 50 anos.
Os "kids pretos", militares do Comando de Operações Especiais, estão entre as unidades de elite do Exército, responsáveis por missões como infiltração em territórios inimigos e treinamento de forças locais. Essa nomenclatura, originalmente usada para se referir ao comandante de uma unidade que combateu guerrilheiros no Araguaia, se tornou sinônimo de qualquer militar que tenha atuado no Comando de Operações Especiais.
O debate sobre o futuro das Forças Especiais do Exército continua sendo um ponto de tensão entre diferentes correntes políticas, com o governo e setores militares defendendo sua importância estratégica para a soberania nacional e a defesa do país.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte e foto: Gazeta do Povo
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