Sobe para dez o número de feminicídios no RS durante o feriadão
- luizfernandokopper
- 22 de abr.
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O feriado prolongado da Páscoa foi marcado por uma onda de violência contra mulheres no Rio Grande do Sul. Entre a Sexta-feira Santa (18) e esta segunda-feira (21), foram registrados dez feminicídios em diversas regiões do Estado. As ocorrências, em sua maioria, tiveram como suspeitos ex-companheiros das vítimas, revelando um cenário alarmante de crimes motivados por relações marcadas por violência e rejeição ao fim dos relacionamentos.
Os crimes aconteceram nas cidades de Feliz, Parobé, São Gabriel, Bento Gonçalves, Viamão, Santa Cruz do Sul, Serafina Corrêa, Pelotas e Ronda Alta, com registros de assassinatos cometidos com uso de armas de fogo, facas e até facões. Em Ronda Alta, no Alto Uruguai, um homem matou a companheira, a enteada de 14 anos, e depois tirou a própria vida.
Em Pelotas, no caso mais recente, uma mulher foi assassinada a tiros no meio da rua, no bairro Liberdade, quando saía do trabalho. Já em Serafina Corrêa, uma jovem de 26 anos foi morta a tiros na frente dos filhos pequenos, dentro do apartamento onde vivia. Em Parobé, uma mulher grávida foi esfaqueada e morreu antes da chegada do socorro.
Os casos da Sexta-feira Santa somam seis feminicídios:
Em Feliz, um duplo homicídio vitimou Raíssa Müller, de 21 anos, e seu namorado, Éric Turato. O autor seria o ex de Raíssa.
Em Parobé, a jovem grávida foi morta na rua.
Em São Gabriel, uma mulher foi degolada em casa.
Em Bento Gonçalves, uma mulher de 54 anos foi esfaqueada no pescoço.
Em Viamão, uma mulher de 50 anos foi assassinada a tiros dentro de casa.
Em Santa Cruz do Sul, uma mulher foi golpeada com facão pelo ex, que foi preso no local.
A Polícia Civil anunciou que vai antecipar o lançamento de uma plataforma online para solicitação de medidas protetivas, que poderá ser acessada através do site da Delegacia de Polícia Online da Mulher. O objetivo é facilitar o acesso à proteção, especialmente para vítimas que enfrentam barreiras para registrar ocorrências presencialmente.
A plataforma trará instruções detalhadas para o pedido da medida protetiva, com expectativa de lançamento nos próximos dias. A medida é vista como urgente e necessária, diante da escalada de feminicídios no Estado, muitos dos quais ocorreram sem que houvesse registros anteriores ou pedidos de proteção por parte das vítimas.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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