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Polícia Civil bloqueia R$ 13,3 milhões em bens de empresário investigado por estelionato e agiotagem em Porto Alegre

Na manhã desta segunda-feira (16), a Polícia Civil cumpriu 10 mandados de busca e apreensão contra um empresário suspeito de liderar um esquema de estelionato, agiotagem e sonegação fiscal em Porto Alegre. A operação, intitulada Soldado Americano, bloqueou R$ 13,3 milhões em bens, incluindo sete imóveis e 22 veículos de alto padrão.


Segundo o delegado Cassiano Cabral, diretor da Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Deic, o investigado operava o esquema há mais de 10 anos, enganando familiares, instituições financeiras e o fisco estadual.


A investigação revelou que o empresário utilizava golpes sofisticados, incluindo o uso de "laranjas" para registrar empresas e bens, como casas, barcos e veículos de luxo. Entre os bens adquiridos ilegalmente, destaca-se um barco avaliado em mais de R$ 5 milhões.


O golpe mais significativo identificado pela polícia envolveu um banco, que sofreu prejuízo superior a R$ 10 milhões. Com o auxílio de um comparsa que conhecia os processos internos da instituição, o empresário elevava rapidamente a pontuação de crédito para aprovar empréstimos vultosos, que eram aplicados em compras de eletrônicos revendidos abaixo do preço de mercado.


Para facilitar o esquema, o suspeito criou uma empresa "noteira" que fornecia notas fiscais fictícias. Esses documentos eram usados para revender produtos eletrônicos em marketplaces de redes varejistas renomadas. Uma testemunha relatou que o empresário chegou a liderar a venda de smartphones em uma das maiores redes do país, utilizando uma empresa registrada em nome de sua empregada doméstica.


A operação foi coordenada pelo delegado Filipe Bringhenti, da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro do Deic. "O investigado ostentava uma imagem de empresário bem-sucedido, mas utilizava seu patrimônio para esconder atividades ilícitas", destacou Bringhenti.


As investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema e apurar a extensão dos prejuízos.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

Fonte e foto: GZH

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