Plano de Resiliência Climática avança em Pelotas

Acordo entre Prefeitura, UFPel e a Defesa Civil regional, permite revisão de protocolos e planos de contingência para nova legislação

Foto: Divulgação/Seurb

A Prefeitura de Pelotas e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) estão em estágio avançado na revisão do Plano de Resiliência Climática do município. O Grupo de Trabalho (GT), composto por equipes de diversas secretarias, pelo Sanep e por técnicos da universidade, recebeu nesta terça-feira (22) o coordenador regional da Defesa Civil, Márcio André Faccin, para avaliar o progresso do plano.

Faccin, que possui vasta experiência em crises climáticas, elogiou a iniciativa, considerando-a "para além do necessário". "Tanto a proposta metodológica como todo o processo aponta para uma abordagem complexa, que envolve participação da população, valorização da ciência e das equipes técnicas", destacou. Sua participação abriu, inclusive, a possibilidade de a Defesa Civil regional oferecer um curso de formação aos integrantes do GT. A formação do Grupo de Trabalho é resultado do Programa Nacional de Capacitação das Cidades (Capacidades), ministrado pelo Ministério das Cidades.

Conforme Fabiane Fonseca, chefe de gabinete da Secretaria de Urbanismo (Seurb), o GT está focado na revisão de Protocolos e Planos de Contingência, visando a atualização de um novo Plano de Resiliência Climática para Pelotas. Este novo plano abrangerá tanto ações de resposta a desastres quanto medidas de proteção e educação ambiental. Atualmente, a equipe trabalha na revisão dos 14 Protocolos, que tratam de ações imediatas em situações de emergência, e, posteriormente, se dedicará aos Planos de Contingência.

O titular da Seurb, Otávio Peres, ressaltou que, antes de se tornar lei, o Plano de Resiliência Climática será submetido à população por meio de audiências públicas. Peres enfatizou a importância do diálogo contínuo com as comunidades, já estabelecido por meio de experiências de campo de diversas secretarias. "No momento estamos em uma etapa inicial de formulação técnica, mas consideramos que a participação popular é fundamental para que a atualização do Plano de Resiliência do município seja, de fato, bem-sucedida", afirmou.