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Pentágono e agências federais dos EUA ignoram pedido de Elon Musk para revisar tarefas de funcionários

O Pentágono e outras agências federais dos Estados Unidos, incluindo órgãos sob o comando de aliados do presidente Donald Trump, rejeitaram uma solicitação de Elon Musk para que servidores detalhassem suas tarefas realizadas na última semana, sob risco de demissão.


A solicitação foi enviada no sábado (22) pelo Escritório de Gestão de Pessoal dos Estados Unidos (OPM), com prazo até a noite de segunda-feira (24) para resposta. No entanto, funcionários federais afirmaram que foram orientados a não responder imediatamente.


Neste domingo (23), o Departamento de Defesa divulgou uma nota pedindo a seus funcionários que "pausassem qualquer resposta" ao e-mail intitulado "O que você fez na semana passada?". A entidade afirmou que a revisão do desempenho dos servidores será feita internamente, seguindo seus próprios protocolos.


A resistência à medida se estendeu a outras instituições. Segundo a imprensa americana, setores do FBI, do Departamento de Estado e da inteligência nacional também instruíram seus funcionários a não atenderem ao pedido. O diretor do FBI, Kash Patel, nomeado por Trump, reforçou que a avaliação do quadro da agência será conduzida internamente.


Além das agências, sindicatos reagiram rapidamente. A Federação Americana de Funcionários Governamentais (AFGE), maior sindicato do serviço público americano, declarou que contestará qualquer demissão considerada ilegal.


Elon Musk, principal doador de Trump e agora encarregado de reduzir gastos federais, lidera o recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (Doge). A entidade, que não possui reconhecimento formal em diversas instâncias, enfrenta resistência interna e decisões judiciais contraditórias sobre sua atuação.


A Casa Branca sustenta que Musk atua apenas como assessor externo do presidente, mas sua campanha para reduzir a força de trabalho no governo tem gerado atritos dentro da administração. A recusa das agências federais em atender à solicitação indica um embate crescente entre altos funcionários do governo Trump e o bilionário.


Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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