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Operação El Patron: MP desarticula núcleo financeiro de grupo criminoso em Pelotas

  • Foto do escritor: Rádio Tupanci
    Rádio Tupanci
  • 8 de out.
  • 2 min de leitura

Esquema movimentou mais de R$ 49 milhões; segunda fase da investigação mira lavagem de dinheiro, agiotagem e gerenciamento de lucros ilícitos


Por Martha Cristina Melo

Imagem: Divulgação/Ministério Público do Rio Grande do Sul
Imagem: Divulgação/Ministério Público do Rio Grande do Sul

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) deflagrou, no início desta quarta-feira (8), a segunda fase da Operação El Patron, com foco no núcleo financeiro de uma organização criminosa que operava a partir de Pelotas. A ação se estendeu a Porto Alegre e Charqueadas, e cumpriu seis mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão. 


Segundo o MP, o grupo investigado é responsável por movimentar mais de R$ 49 milhões entre maio de 2022 e agosto de 2024, utilizando “laranjas e empresas de fachada para ocultar o patrimônio”, de acordo com o promotor de justiça Rogério Meirelles Caldas, coordenador do 10º Núcleo Regional do GAECO - Sul.


As ordens judiciais foram cumpridas em diferentes localidades: cinco mandados de busca e dois de prisão em Pelotas, cinco de busca e três de prisão em Charqueadas, e um de busca e prisão em Porto Alegre. Os alvos incluíram residências, presídios e uma sala comercial. 


A operação contou com o apoio da Brigada Militar e da Polícia Penal, e resultou, também, na apreensão de quatro veículos, celulares, dinheiro e documentos. Participou da ação o promotor André Dal Molin, coordenador estadual do GAECO.


A primeira fase da Operação El Patron surgiu a partir da análise de celulares apreendidos na Operação Caixa Forte II, que tinha como objetivo desarticular redes de tráfico de drogas ligadas a facções criminosas. A investigação revelou um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, em que os lucros do tráfico eram reinvestidos em empréstimos ilegais, rifas e apostas.


Segundo o MP, o grupo utilizava um aplicativo mexicano para administrar as operações financeiras, simulando empresas de crédito legais, mas cobrando juros abusivos de até 280%, com métodos de cobrança característicos do crime organizado.





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