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Lula discursa na abertura da COP30 e diz ser preciso 'impor nova derrota' aos negacionistas

  • Foto do escritor: Jean Pierre Knepper
    Jean Pierre Knepper
  • 10 de nov.
  • 2 min de leitura

Presidente também mencionou ser 'mais barato' financiar o clima que guerras, e afirmou que realizar a conferência na Amazônia foi uma 'proeza'


Por G1

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou nesta segunda-feira (10) na abertura oficial da 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), em Belém (PA) — a primeira realizada na Amazônia.


Segundo Lula, a realização da conferência na Amazônia é uma "proeza", pois se tratou de uma tarefa árdua diante dos problemas enfrentados na região. Em seu discurso, o petista também mencionou que é mais barato financiar o clima que guerras e reforçou ser preciso "impor nova derrota" aos negacionistas.


"Fazer a COP aqui é um desafio tão grande quanto acabar com a poluição do planeta terra. Seria mais fácil fazer a COP em uma cidade que não tivesse problema, mas a gente resolveu aceitar fazer a COP em um estado da Amazônia, para provar quando se tem disposição e compromisso com a verdade, a gente prova que não tem nada impossível, o impossível é não ter coragem para enfrentar desafios", afirmou.


"A COP30 será a COP da verdade. Na era da desinformação, os obscurantistas rejeitam não só as evidências da ciência, mas também os progressos do multilateralismo. Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio e espalham o medo. Atacam as instituições, a ciência e as universidades. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas", prosseguiu.

Lula voltou a criticar investimentos em guerras em detrimento de iniciativas de combate às mudanças climáticas.


"Se os homens que fazem guerra estivessem aqui nesta COP, eles iriam perceber que é muito mais barato colocar US$ 1,3 trilhão para acabar com o problema climático do que colocar US$ 2,7 trilhões para fazer guerra como fizeram no ano passado", mencionou.

O presidente brasileiro também citou a luta contra o racismo ambiental — tema da declaração assinada pelo Brasil na Cúpula de Líderes, que terminou na última sexta (7).


Durante a COP30, serão duas semanas decisivas para a ação global contra as mudanças climáticas.

Cerca de 50 mil pessoas — entre diplomatas, líderes, ativistas, cientistas e empresários — participam do encontro. A Cúpula de Líderes já tinha indicado o tom político das negociações:


  • acelerar a transição energética,

  • ampliar o financiamento climático e

  • proteger as florestas tropicais (entenda a cúpula em 10 pontos).


Agora, as atenções se voltam para as mesas de negociação, onde esses compromissos terão de sair do discurso e se transformar em planos concretos, com metas, prazos e recursos definidos.

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