
Na última terça-feira (3), duas propriedades rurais produtivas em Pedras Altas, no Rio Grande do Sul, foram invadidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), gerando indignação entre os proprietários e a comunidade local. As áreas, que incluem a histórica Cabanha Santa Angélica e a Fazenda Nova, foram desocupadas em uma operação pacífica conduzida pela Brigada Militar, em cumprimento a uma ordem judicial.
A Cabanha Santa Angélica, fundada em 1870, é reconhecida por sua contribuição histórica à agropecuária gaúcha, destacando-se na criação de cavalos crioulos e bovinos de alta genética. Já a Fazenda Nova se dedica à produção de grãos e gado de corte, sendo referência na economia local. Ambos os proprietários repudiaram as ocupações, classificando-as como ataques injustificados à propriedade privada e à produtividade rural.
Após a desocupação, produtores rurais se reuniram em uma assembleia na sede da Cabanha Santa Angélica, reforçando sua solidariedade aos proprietários. Imagens divulgadas nesta quinta-feira (5) mostram a mobilização em defesa do setor agropecuário, com críticas contundentes à postura do MST, que permanece acampado à beira da estrada após deixar as áreas invadidas.
A ação faz parte da campanha "Natal com Terra", promovida pelo movimento para pressionar por agilidade na Reforma Agrária. Contudo, produtores e autoridades locais apontam que as invasões geram prejuízos e desrespeitam os direitos dos legítimos proprietários.
A operação de reintegração de posse contou com a participação do 5º Batalhão de Polícia de Choque (5º BPChq) e do 6º Regimento de Polícia Montada (6º RPMon), além de efetivos locais. Em Porto Alegre, manifestantes do MST seguem em vigília em frente à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mas enfrentam crescente resistência de setores que defendem o fortalecimento da propriedade privada e da produção rural.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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