O cantor Gusttavo Lima realizou uma live na noite desta segunda-feira (30) para se defender das acusações que pesam sobre ele, após ser indiciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro na Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a plataformas de jogos on-line. Durante a transmissão, o artista reiterou sua inocência e apresentou sua versão dos fatos.
A live foi transmitida pelo Instagram e contou com a presença de seu advogado, Cláudio Bessas. Gusttavo afirmou que seu relacionamento com André Rocha Neto e Aislla Rocha, proprietários da casa de apostas Vai de Bet, é estritamente profissional. O casal, que está sendo investigado e teve a prisão preventiva decretada no início do mês, é suspeito de ter recebido ajuda do cantor durante uma viagem à Grécia.
O cantor explicou que a viagem foi previamente programada com a família para a gravação de músicas inéditas e que conheceu Aislla e André em 2022. "Meu contato com eles é 100% profissional", declarou. Ele também ressaltou que viajou no dia 1º de setembro, enquanto a Operação Integration foi deflagrada apenas três dias depois, no dia 4, negando que tenha dado abrigo a foragidos.
"Jamais vou fugir das minhas responsabilidades", afirmou Gusttavo, negando ser sócio da Vai de Bet e explicando que sua relação com a empresa se limita a um contrato de prestação de serviços como garoto-propaganda. Sobre a acusação de que seria proprietário de 25% da empresa, o cantor explicou que se trata de um contrato de remuneração por serviços de publicidade, que garante o recebimento de 25% do valor em uma possível venda da marca. "Eu não sou dono da marca, não tenho a caneta", afirmou.
O contrato de uso de imagem com a Vai de Bet foi firmado em 2022, com duração de dois anos. Gusttavo enfatizou que cumpriu todas as obrigações estabelecidas e que a negociação referente aos 25% da venda da marca ocorreu em julho de 2024. Durante a live, ele agradeceu o apoio e as orações dos fãs.
No dia 23 de setembro, a Justiça de Pernambuco havia decretado a prisão do cantor por seu suposto envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro. No entanto, no dia seguinte, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), concedeu habeas corpus, revogando o mandado de prisão.
Além disso, um show marcado para esta quarta-feira (2) em Petrolândia, no sertão de Pernambuco, no valor de R$ 1,1 milhão, foi cancelado.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Agência Brasil
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