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Grupo pelotense conquista título sul-americano e garante vaga no Mundial de Hip-Hop

  • Foto do escritor: Rádio Tupanci
    Rádio Tupanci
  • 9 de out.
  • 2 min de leitura

Equipe do Trem do Sul, formada por crianças entre 8 e 11 anos, representará o Brasil na Nova Zelândia em 2026


Por Martha Cristina Melo

Imagem: Divulgação/Trem do Sul
Imagem: Divulgação/Trem do Sul

O grupo pelotense de dança Trem do Sul voltou a brilhar no cenário internacional. No último final de semana, a equipe Cadete, formada por sete crianças de 8 a 11 anos, conquistou o 1º lugar no Campeonato Sul-Americano de Hip Hop Unite, realizado em Capão da Canoa (RS). Com o título, os jovens garantiram a vaga para representar o Brasil no Mundial de Hip-Hop, previsto para 2026, na Nova Zelândia.


Os nomes que compõem a conquista são Bruno Oliveira, Emily Laurin, Gabriel Corrêa, Gabriela Santos, Nicolas Araújo, Valentina Garcia e Ryan Silva. Sob as orientações dos professores Paulinho Trem do Sul e Nataniel de Los Santos, os dançarinos vêm transformando talento em oportunidade.


Da periferia para o mundo

Nascido na periferia de Pelotas, o Trem do Sul se consolidou enquanto um dos principais grupos de dança urbana do país, levando o nome da cidade e da cultura local a palcos de referência mundial. O grupo já se apresentou em festivais internacionais como o Juste Debout, em Paris (França), e o World Hip-Hop Championship, nos Estados Unidos.


Mais do que vitórias, o projeto se destaca por sua missão social. “Essa conquista representa inserção social, oportunidade de conhecimento e contato com outros professores e grupos de outros países”, explicou Paulinho à Rádio Tupanci. “É um projeto social, voltado para crianças de classe média baixa. Sabemos que outras crianças dessa mesma realidade podem nunca ter a mesma oportunidade”. 


Segundo o responsável pelo grupo, o processo de preparação das crianças vai além do treino técnico. De acordo com Paulinho, o aprendizado envolve diferentes estilos de danças urbanas — como locking, popping, hip-hop e house — além de um mergulho na história desses movimentos. “Eles aprendem os passos, mas também quem os criou, a cultura e o país em que eles moram. É um conhecimento amplo”, explicou.


Apesar da vaga garantida no Mundial, o grupo ainda enfrenta o desafio de arcar com os custos da viagem até a Nova Zelândia. “O grupo vai precisar de todo o apoio. Nós garantimos a vaga, mas precisamos comprar as passagens, então estamos correndo atrás. Faremos rifas, bingos… não vamos desistir, tentaremos até o final. Já tivemos a oportunidade de ir para os Estados Unidos, com o apoio da comunidade de Pelotas, e esperamos que nos apoiem de novo”, afirmou o professor. “Para essas crianças, é uma oportunidade única.”


Laços que vão além da dança

Com mais de 20 anos de atuação, o Trem do Sul segue firme em seu propósito de transformar vidas por meio da cultura. As aulas e apresentações têm servido como ferramenta de inclusão, fortalecendo valores como companheirismo e coletividade. “O plano é seguir em frente, incentivando as crianças, nos apresentando para nossa comunidade e outras cidades da região, mostrando o talento deles. Mostrando, inclusive, que eles não vão só para dançar, mas ter conhecimento. Ter o processo de família, ter o colega como irmão. Essa é a ideia do Trem do Sul, criar um laço familiar”, concluiu Paulinho.


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