top of page

General Braga Netto completa 80 dias preso sob vigilância na Vila Militar, no Rio

O general Walter Braga Netto completou 80 dias detido em uma sala da Vila Militar, no Rio de Janeiro. Mantido sob vigilância rigorosa, com visitas restritas e acesso limitado a informações externas, ele cumpre prisão preventiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe no final do governo de Jair Bolsonaro.


Braga Netto, que foi chefe do Comando Militar do Leste e ministro da Defesa, é o oficial de maior patente entre os detidos na investigação. Além dele, seguem presos o general Mário Fernandes, três tenentes-coronéis e um policial federal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou um total de 34 pessoas, mas apenas seis permanecem sob custódia.


A sala onde Braga Netto está detido conta com TV, banheiro exclusivo, geladeira e ar-condicionado, mas suas saídas são restritas e sempre acompanhadas por militares. Apenas familiares e advogados podem visitá-lo, mediante autorização do STF. O atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, esteve com ele em 7 de fevereiro, em uma visita protocolar para verificar suas condições.


Mensagens obtidas pela Polícia Federal indicam que Braga Netto incentivou críticas ao comandante Tomás Paiva nas redes sociais, supostamente para pressionar militares a aderirem à suposta trama investigada. Em uma das mensagens, ele escreveu que Paiva “parece até que é PT desde pequenininho” e incentivou a divulgação da crítica.


O Exército afirmou, em nota, que os militares presos estão “isolados” e recebem assistência médica, psicológica e religiosa. Não foram divulgadas informações sobre a rotina ou a quantidade de militares responsáveis pela segurança dos detentos.

O general Mário Fernandes, que também está preso, foi transferido para o Comando Militar do Planalto, em Brasília, onde recebe visitas frequentes da família. Segundo pessoas próximas, ele tem se dedicado à religião e enfrenta a prisão com resiliência, embora se sinta injustiçado.


Os advogados de Braga Netto e Fernandes solicitaram a revogação das prisões ainda no fim de 2024, mas os pedidos foram negados por Moraes, que considerou a medida necessária para manter a ordem pública e garantir o andamento das investigações.


Com informações: Jornalista Fernando Kopper

Comentarios


bottom of page