
O ex-diretor Administrativo e Financeiro do Pronto Socorro de Pelotas, Misael da Cunha, foi preso preventivamente na sexta-feira (21), acusado de peculato, crime que envolve a apropriação indevida de recursos públicos. A prisão foi realizada após o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) recorrer da decisão anterior que havia indeferido o pedido de prisão. Cunha teria desviado R$ 258,3 mil entre março de 2022 e fevereiro de 2024, em 18 ocasiões, valor destinado ao funcionamento da unidade de saúde.
A investigação revelou que o ex-diretor utilizou o dinheiro para a confecção de móveis para sua residência e a de seus pais, além de repassar recursos para uma igreja com a qual tem vínculo pessoal. O desvio foi identificado por meio da "Operação Contágio", coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). A denúncia foi feita pela Prefeitura de Pelotas, que comunicou as irregularidades ao MPRS.
Cunha foi preso em casa e encaminhado ao Presídio Regional de Pelotas. O MPRS também solicitou a indisponibilidade dos bens do acusado e a reparação dos danos causados aos cofres públicos. Além das denúncias de peculato, a investigação apontou irregularidades em contratos com empresas de portaria, construção civil e móveis planejados.
Testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias, e o MPRS segue trabalhando para garantir o cumprimento da lei e a responsabilização do ex-diretor pelos seus atos. A defesa de Misael da Cunha não se manifestou até o momento.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: G1
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