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Empresas aguardam licenciamento para pesquisa sísmica na Bacia de Pelotas, com foco na exploração de petróleo

Pelo menos cinco empresas estão aguardando a licença ambiental do Ibama para iniciar a pesquisa sísmica 3D na Bacia de Pelotas, uma extensa área que abrange do litoral sul catarinense até as proximidades de Cabo Polônio, no Uruguai, incluindo toda a costa gaúcha. O processo de licenciamento envolve empresas de diferentes nacionalidades, como Noruega, França e Estados Unidos.


Conforme o Ibama, há atualmente nove pedidos de licenciamento, incluindo solicitações de empresas como WesternGeco, Searcher Geodata, Viridien (ex-CCG), PGS e TGS. A WesternGeco, por exemplo, possui dois pedidos, enquanto a TGS já tem um pedido encaminhado e outro aguardando aprovação. A TGS, no entanto, não pretende operar na área para a qual já foi concedida a licença, uma vez que busca uma área com maior extensão.


O representante do Ibama explicou que cerca de metade dos pedidos de licenciamento acabam sendo descontinuados pelas próprias empresas, sem resultar em atividade. A análise da viabilidade ambiental dos projetos é feita pela autarquia, que observa que, em áreas sobrepostas ou contíguas, os impactos socioambientais podem ser acumulativos e sinérgicos, o que torna a avaliação mais complexa.


A previsão é que os cinco processos mais adiantados tenham suas decisões emitidas nos próximos meses. Contudo, o andamento das atividades depende não apenas da emissão das licenças, mas também da disponibilidade de navios para realizar as pesquisas, o que significa que os trabalhos podem não ocorrer simultaneamente.


A pesquisa sísmica 3D é uma técnica que examina o subsolo marinho através da emissão de ondas de som, que “batem” no fundo do mar e retornam de maneira diferente, dependendo da formação geológica. Essa tecnologia é utilizada para identificar potenciais acumulações de petróleo, auxiliando na escolha dos locais mais adequados para perfuração. Os dados obtidos serão vendidos para empresas como Petrobras e Chevron, que já venceram o leilão de dezembro de 2023, além de potenciais interessados em futuras ofertas.


Com a expansão da exploração de petróleo na região, o Ibama segue avaliando os impactos ambientais e as implicações das atividades de pesquisa sísmica para a região.


Com informações: Jornalista Fernando Kopper

Fonte: GZH

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