Em alusão ao Outubro Rosa, O Barrista recebe idealizadora do Instituto Buquê de Amor

Há mais de dez anos, a organização atua no acolhimento das pacientes de câncer de mama e na promoção de consultas e exames gratuitos

Por Martha Cristina Melo

Imagem: Rádio Tupanci

Na última segunda-feira (20), o programa oBairrista, apresentado pela comunicadora Aline Klug, recebeu a idealizadora da ONG Instituto Buquê de Amor (IBA). Ex-auxiliar de enfermagem e agente de saúde, Janice Santos movimenta, desde 2013, uma série de ações de acolhimento de pacientes de câncer de mama, além de promover o suporte relacionado às consultas, aos exames e ao tratamento. 

Em entrevista ao programa da Rádio Tupanci, Janice contou que, há 12 anos, o IBA nasceu da ideia de levar, em forma de carinho, flores e lenços aos pacientes em tratamento oncológico. “Um mês depois [da primeira visita], eu estava sentada ao lado das gurias para entender qual era o tipo de câncer e como descobriram. No final do segundo mês, entendi que a maioria chegava tarde para o diagnóstico”, afirmou.

Dali, surgiu o propósito de promover palestras relacionadas à importância do autoexame e da mamografia. “A mulher cuida do marido, do filho, do trabalho, de tudo! (...) Por que esperar para aparecer um nódulo ou uma íngua debaixo do braço, se podemos ir à UBS?”. Segundo Janice, podem procurar o IBA aquelas que identificarem alguma alteração na mama e possuam comprovante de baixa-renda. “Nós vamos agilizar teu exame para ontem. Mas, se teu caso for apenas rastreio [exame de rotina], vá à UBS”, reforçou. 

O Instituto Buquê de Amor é uma organização sem fins lucrativos que se sustenta através do voluntariado e de doações. Segundo os últimos dados divulgados pelo IBA, foram mais de 410 consultas com médicos voluntários, cerca de 375 palestras realizadas e 775 mamografias — além de demais exames como ressonâncias, tomografias, entre outros. 

Relato

Durante o programa do Bairrista, Janice deu o relato de uma das pacientes que procurou o Instituto. “Tivemos uma paciente que consultou com nosso médico, fez a mamografia e o ultrassom (...) Conversamos com médicos e com o Hospital Clinicanp, e conseguimos custo zero. Pagamos apenas os medicamentos. Os médicos não cobraram a cirurgia e, assim, o câncer dela pode ser retirado. Ela voltou à rede, realizou as quimioterapias de profilaxia, e se curou”, relatou Janice. Para ela, casos como este são “uma recompensa”.

Confira a entrevista completa: