Durante Outubro Rosa, O Bairrista recebe Dr. Guilherme Bicca para conversa sobre saúde da mulher
- Rádio Tupanci
- 28 de out.
- 2 min de leitura
Em entrevista para o programa da Rádio Tupanci, o ginecologista e professor reforçou a importância do diagnóstico precoce relacionado relacionado ao câncer de mama
Por Martha Cristina Melo

Na última segunda-feira (27), o programa O Bairrista recebeu o Dr. Guilherme Bicca, mestre em saúde e comportamento, especialista em ginecologia e obstetrícia e professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Com mais de 30 anos de carreira, Bicca dedicou sua trajetória à prevenção do câncer e, hoje, reforça a importância do cuidado contínuo com a saúde da mulher.
Durante o programa apresentado pela jornalista Aline Klug, o professor destacou que o câncer de mama, por sua vez, possui uma característica que o diferencia. “Desde sua primeira célula, ela já é oncológica. Por isso, o diagnóstico precoce realmente faz a diferença”, explicou. Bicca destacou ainda que, em mulheres mais jovens — abaixo dos 50 anos — a multiplicação das células é mais rápida, o que torna essencial a realização de exames de rotina.
O médico chamou atenção para a redução na prevenção observada nos últimos anos, especialmente após a pandemia e as enchentes. “Elas vêm cuidando da mãe, da família, se preocupam com outras coisas e deixam a saúde de lado. Quando se dão conta, as coisas evoluíram e passaram do ponto em que podiam ser resolvidas mais facilmente”, afirmou.
De acordo com Bicca, o Brasil registra entre 74 e 75 mil novos casos de câncer de mama por ano, e há uma tendência de diagnósticos cada vez mais frequentes em mulheres jovens. Ele ressaltou que as recomendações sobre o início da mamografia variam: “Segundo o Ministério da Saúde, os exames partem dos cinquenta anos de idade. Já o Colégio Brasileiro de Radiologia e a Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia preconizam que esses exames comecem aos quarenta anos e sejam anuais".
Fatores agravantes
Entre os fatores que podem contribuir para o desenvolvimento do câncer, o ginecologista citou a alimentação industrializada, o excesso de carboidratos e açúcares, e exposição a hormônios presentes em carnes de animais.
Sobre o autoexame das mamas, Bicca explicou que, apesar de importante, ele não substitui os exames clínicos e de imagem. “O autoexame, do ponto de vista epidemiológico, não faz muita distinção, porque as pacientes descobrirão um nódulo palpável. E nós não queremos um nódulo palpável (...) O autoexame não substitui o restante, mas é essencial que a mulher faça".
“A maior parte dos câncer de mama são tratáveis, mas precisam ser diagnosticados. A vida não termina com o diagnóstico”, finalizou o médico.
A entrevista completa pode ser assistida no canal do YouTube da Rádio Tupanci.





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