As obras de duplicação dos primeiros dois lotes da BR-116, no trecho entre Guaíba e Pelotas, permanecem paradas desde maio deste ano devido às enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul. O Exército, responsável pela execução desses lotes, conseguiu concluir 37,4 dos 50,8 quilômetros previstos. A suspensão das atividades ocorreu após acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em razão da necessidade de mobilizar tropas para a Operação Taquari 2, que presta apoio às regiões afetadas pelos alagamentos.
Segundo o DNIT, novos estudos estão em andamento para realizar uma licitação que contratará uma nova empresa para concluir o trecho de duplicação em Guaíba. O custo estimado para finalizar a obra é de R$ 122 milhões. No primeiro lote, de 24,46 quilômetros, ainda restam nove quilômetros a serem duplicados, além de três quilômetros de travessia nas áreas de Pedras Brancas e Guaíba. O segundo lote, com 26,34 quilômetros, já está duplicado, mas faltam finalizar duas alças de retorno e trechos das vias laterais.
A duplicação da BR-116, que se estende por 211,22 quilômetros entre a região Metropolitana de Porto Alegre e a zona sul do estado, teve início em 2011 e deveria ter sido concluída em 2014. No entanto, até julho de 2024, apenas 77,4% do total foi concluído, o que corresponde a 163,6 quilômetros. O DNIT planeja entregar mais 20 quilômetros duplicados até o final deste ano, com o investimento total estimado em R$ 2 bilhões. Até o momento, foram aplicados R$ 1,43 bilhão, o equivalente a 69,5% do orçamento total.
A BR-116 é um eixo crucial para o escoamento de produção entre o Brasil e o Mercosul, conectando 12 cidades diretamente ao Porto do Rio Grande. Diariamente, cerca de 3,8 mil caminhões e 2,2 mil veículos de passeio transitam entre Guaíba e Pelotas, destacando a importância dessa obra para a infraestrutura rodoviária do estado.
Além dos dois lotes sob responsabilidade do Exército, a duplicação inclui outros oito lotes. O terceiro lote já possui 21,9 quilômetros de pista duplicada e liberada, mas ainda precisa da construção de um viaduto em Tapes e Sentinela do Sul, previsto para ser concluído na nova concessão da rodovia.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Foto: Divulgação
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