Deputada Laura Sito aciona MP após ataques racistas ao Corre Preto em Pelotas
- Rádio Tupanci
- 16 de out.
- 2 min de leitura
Coletivo que promove corrida aliada à valorização da identidade preta foi alvo de comentários racistas nas redes sociais
Por Martha Cristina Melo

A recente edição do Corre Preto, realizada no último final de semana em Pelotas, foi marcada por participação popular e indignação. Horas após o evento que une atividade física à trasnformação social, comentários racistas publicados em redes sociais levantaram reações de repúdio — entre elas, a da deputada estadual Laura Sito (PT), que participou da corrida e afirmou ter acionado o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) para apurar o caso.
Segundo a parlamentar, os ataques foram identificados após a divulgação de uma notícia sobre o evento pelo veículo A Hora do Sul. “O evento foi lindo, como sempre. Contudo, algumas horas depois, recebemos mensagens com prints de comentários racistas feitos em uma notícias nas redes sociais sobre a corrida”, relatou à Rádio Tupanci. “Como parlamentar comprometida com o enfrentamento ao racismo, considerei fundamental acionar imediatamente o Ministério Público para garantir que esses crimes não fiquem impunes”, completou.
Para Laura Sito, a situação revela que o racismo estrutural persiste nas redes, mesmo diante de eventos como o Corre Preto. “Durante o percurso [da corrida], a receptividade das pessoas nas ruas foi muito positiva (...) Infelizmente, essa situação revela que ainda há uma parcela da sociedade que se incomoda com o protagonismo negro”, avaliou a deputada.
Corre Preto
O movimento que surgiu em Porto Alegre vem se expandindo por outras cidades do Rio Grande do Sul, promovendo corridas de rua voltadas à valorização da cultura e da presença negra nos espaços públicos. Segundo a deputada Laura Sito, participante do evento, trata-se de uma iniciativa de resistência e celebração.
Imagens: Divulgação/Corre Preto/UmaTeia
A deputada espera uma resposta efetiva das autoridades. Segundo Sito, a expectativa é a de que o Ministério Público apure a autoria dos comentários, preserve as provas digitais e responsabilize civil e penalmente os autores dos ataques. “O discurso de ódio não pode seguir impune. A internet não é uma terra sem lei”, finalizou.











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