Cerrito instala armadilhas para monitoramento do mosquito Aedes aegypti e reforça ações de combate à dengue
- luizfernandokopper
- 8 de abr.
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A equipe de Vigilância em Saúde de Cerrito implementou o uso de armadilhas de oviposição, conhecidas como ovitrampas, para intensificar o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A estratégia visa direcionar e monitorar as ações preventivas e de combate ao vetor, por meio de um método sensível, de baixo custo e eficaz.
As ovitrampas são recipientes escuros com uma palheta de madeira onde as fêmeas do mosquito depositam os ovos. A instalação permite detectar precocemente a presença do vetor em áreas ainda não infestadas, avaliar a densidade populacional em locais já atingidos e medir a eficácia das ações de controle. As armadilhas foram distribuídas em pontos estratégicos da área urbana, respeitando o espaçamento recomendado para municípios com menos de 5 mil habitantes — uma armadilha a cada 100 metros.
A preparação das ovitrampas inclui a imersão das palhetas em água para remoção de resíduos, seguida da aplicação de solução atrativa com levedo de cerveja. As armadilhas são posicionadas em áreas protegidas da chuva e do sol, com autorização dos moradores, tanto no peridomicílio quanto no interior das residências. Após cinco dias, as palhetas são recolhidas e encaminhadas ao laboratório, onde técnicos treinados realizam a contagem dos ovos com o uso de microscópio.
Os dados obtidos definem dois indicadores fundamentais: o Índice de Densidade de Ovos (IDO) e o Índice de Positividade das Ovitrampas (IPO). Esses índices orientam as estratégias de intensificação do combate ao mosquito em áreas mais afetadas. A periodicidade do monitoramento será determinada conforme a realidade local, com a recomendação de dez ciclos de 15 dias ao longo do ano.
A Vigilância em Saúde destaca que essa metodologia se soma a outras ações como visitas domiciliares, controle mecânico, uso de inseticidas quando necessário e realização de levantamentos de índice rápido (LIRAa e LIAa), seguindo diretrizes do Ministério da Saúde.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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