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Câncer de pulmão: 30 mil novos casos por ano no Brasil, alerta Ministério da Saúde

O Brasil enfrenta um cenário alarmante no combate ao câncer, registrando aproximadamente 700 mil novos casos da doença a cada ano. Dentre esses, cerca de 30 mil estão relacionados ao câncer de pulmão, considerado um dos mais agressivos e mortais. De acordo com dados do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de câncer é responsável pela maior taxa de mortalidade entre todos os cânceres, refletindo um impacto devastador na saúde pública e na qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares.


Uma das maiores dificuldades no combate ao câncer de pulmão é o diagnóstico tardio. Frequentemente silencioso em suas fases iniciais, os sintomas mais evidentes, como tosse persistente, escarro com sangue, dificuldade para respirar, fadiga constante e perda de peso sem explicação, costumam surgir apenas em estágios avançados. Essa característica reduz significativamente as chances de cura, dificultando o tratamento e a recuperação dos pacientes.


Existem dois principais tipos de câncer de pulmão. O câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) é responsável por cerca de 85% dos casos, enquanto o de pequenas células (CPCP) representa 15%. Este último é conhecido por sua progressão rápida e agressiva. Ambos os tipos têm causas e fatores de risco amplamente associados ao tabagismo, que é responsável por 85% dos casos diagnosticados no país. Além disso, o fumo passivo, a exposição prolongada a substâncias tóxicas como amianto, radônio e arsênico, bem como a poluição ambiental, também são fatores de risco relevantes.


O diagnóstico do câncer de pulmão envolve uma série de exames que incluem radiografias de tórax, tomografias computadorizadas, biópsias e, em casos mais específicos, exames de PET scan para detectar a extensão da doença no organismo. Esses métodos são essenciais para determinar o tipo e o estágio da doença, o que orienta o planejamento terapêutico. O tratamento varia de acordo com essas informações, podendo incluir cirurgia para remoção do tumor, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou terapias-alvo, que utilizam medicamentos específicos para atacar as células tumorais.


Apesar das opções de tratamento, os especialistas reforçam que a prevenção é a melhor estratégia para reduzir a incidência da doença. Evitar o tabagismo e a exposição a fatores de risco ambientais são medidas cruciais. Campanhas de conscientização têm desempenhado um papel importante em alertar a população sobre os perigos do fumo e a importância de buscar assistência médica diante de sintomas persistentes.


Além da prevenção, o diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. No entanto, o acesso desigual ao sistema de saúde, especialmente em regiões menos favorecidas, ainda representa um grande obstáculo no Brasil. Muitos pacientes enfrentam longas filas de espera para exames e tratamentos, o que agrava o estágio da doença até o início do cuidado médico.


A luta contra o câncer de pulmão exige um esforço conjunto entre governo, sociedade civil e profissionais da saúde. Investimentos em pesquisa, ampliação do acesso a tecnologias diagnósticas e terapias inovadoras, além de políticas públicas que promovam ambientes mais saudáveis, são caminhos indispensáveis para enfrentar esse problema. O impacto humano do câncer de pulmão vai além das estatísticas: cada paciente representa uma vida, uma história e uma família que enfrenta o desafio de lutar contra a doença.


Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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