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Alinhamento raro de planetas poderá ser visto a olho nu na sexta-feira

  • luizfernandokopper
  • 27 de fev.
  • 2 min de leitura

Na próxima sexta-feira (28), um fenômeno astronômico raro promete encantar observadores do céu: todos os planetas do Sistema Solar — Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno — estarão alinhados e visíveis a olho nu, desde que o tempo esteja limpo e sem obstáculos no horizonte.


O processo de alinhamento vem se formando desde janeiro, mas atingirá seu ápice no dia 28, quando Mercúrio se juntará à linha de visada dos demais planetas. Esse fenômeno ocorre devido às diferentes velocidades de translação dos astros ao redor do Sol. A Terra, por exemplo, completa sua órbita em 365 dias, enquanto Júpiter leva 12 anos.


Embora os planetas estejam separados por grandes distâncias, eles parecerão alinhados no céu, formando um espetáculo raro. 'Eles estarão apenas aparentemente próximos, mas estarão na mesma linha de visada, permitindo que sejam observados juntos', explica Roberto Costa, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Ele destaca a raridade do evento: um alinhamento idêntico só se repetirá no final do século 25, embora outros alinhamentos semelhantes possam ocorrer antes disso.


Para observar o fenômeno, Costa recomenda buscar um local com o horizonte oeste desimpedido e céu limpo. Não é necessário o uso de equipamentos, mas lunetas ou binóculos podem ajudar. 'Vênus é o mais brilhante depois do Sol e da Lua, então é um ótimo ponto de partida para encontrar os demais planetas', orienta.


A Lua, que estará próxima no dia 28, pode dificultar a visualização de Mercúrio. No entanto, quem não conseguir acompanhar o alinhamento na data terá uma nova oportunidade na quarta-feira, 4 de março, quando a Lua estará mais afastada.


O professor também refuta mitos sobre o alinhamento ter efeitos na Terra. 'Os planetas estão muito distantes e não exercem influência gravitacional significativa sobre nosso planeta. Esse evento não afeta as marés nem nada do tipo, é apenas um espetáculo astronômico fascinante para se admirar', afirma Costa.


Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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